Quem é responsável pela gestão dos teatros...
E das
rodoviárias, e dos museus, e dos estádios, e dos centros de convenções, e dos ginásios
de esportes, e dos monumentos históricos...
As autoridades de Ariquemes anunciaram recentemente com
muita pompa a conclusão das obras do teatro municipal. Porem, junto com o
anuncio, veio a dúvida sobre de quem vai ser a gestão do teatro. Uma autoridade
falou que estão negociando com o governo do estado para que a gestão seja
compartilhada.
A mesma polêmica acompanha o teatro de Porto Velho e a
rodoviária de Porto Velho. Por conta desse problema o teatro de Porto Velho,
foi inaugurado, funcionou por um pouco tempo e ficou parado pela falta de uma
peça de valor pequeno. Enquanto isso a população está deixando de assistir a
boas peças teatrais, a apresentação de bons corais, de orquestras musicais,
etc.
Por trás dessa situação esdruxula está a indefinição sobre
quem é o gestor administrativo do teatro. Ora senhores, teatros, museus,
estádios e centros de convenções não são como monumentos que são construídos
para contemplação; são infraestruturas básicas de turismo. E as infraestruturas
de turismo nas cidades são de responsabilidade das administrações municipais e
geram receitas.
A manutenção desses equipamentos é gerada por eles mesmos
pois são equipamentos arrecadadores. Teatro é para sediar eventos e eventos são
pagos. Governo nenhum constrói teatro, museu, centros de convenções para fazer
filantropia. Ou alguém tem dúvida de que a construção de um teatro atrai as
orquestras, os grupos de corais, os grupos de danças, as peças teatrais, etc.
Ademais,
a decisão de construir-se um teatro, não é movida pela vontade de gastar
dinheiro público simplesmente, e sim pela visão de que é possível e viável estimular-se
o turismo cultural em uma cidade ou região.
No entanto, há que se organizar o setor de promoção e
organização de eventos; investir também na qualificação de gestores culturais, elaborar
um calendário de eventos para garantir uma ocupação mínima, proporcionando
assim, lazer para a população local e atraindo visitantes de outras localidades
que garantirão a renda necessária para a manutenção do equipamento.
Portanto, senhores, essa história de gestão compartilhada de
teatro, rodoviária, centro de convenções, museus, etc., é uma demonstração de
despreparo dos gestores municipais, pois esses equipamentos são perfeitamente
rentáveis através da cobrança de aluguéis, de taxas e impostos para os
municípios.
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