Lá invem o trem de novo. Rondônia vai ter uma nova
estrada de ferro. Assim como a primeira que foi construída para o transporte da
borracha, esta será construída para o transporte da soja e outros grãos de Mato
Grosso e Rondônia para a China. Porém, essa nova ferrovia correrá em direção aos
portos do oceano pacifico.
A razão disso é que o eixo da
economia mundial mudou. Nos idos de 1900, quando a EFMM foi construída, o
grande centro econômico mundial era Londres e hoje quem está dando as cartas é
a China. E é a China que compra a soja do Brasil. Portanto, é a China que
determina para onde deve correr o trem.
E, por uma condição geográfica
o acesso ao continente asiático via Peru é bem mais vantajoso para os
transportadores e Rondônia está nesse corredor. Nossa capital tem ligação
direta com os Portos peruanos de Ilo e Mataranivia acesso rodoviárionuma distância
bem curta.Assim, nos próximos anos os chineses se propõem a construir uma
estrada de ferro para viabilizar o transporte da soja e outros grãos que eles
compram do Brasil.
Além da produção de soja do
Estado do Mato Grosso,Rondônia já registra uma produção expressiva e nos
próximos anos também estarão sendo produzidas muitas toneladas nos campos
bolivianos do departamento do Beni e Pando para os próximos anos.
Quanto a nossa velha EFFM, já cumpriu
seu papel transportando a borracha da Bolívia e
região do Guaporé, em direção
ao porto do rio Madeira que seguia para Itacoatiara e Belém.Hoje, o máximo que
podemos utilizar dela é a sua história que está imortalizada nos barracões e na
memória dos remanescentes trabalhadores que deram seu suor pela sua construção.
Porém, nossos gestores
públicos, numa demonstração de síndrome de miopia econômica infelizmente estão
perdendo a oportunidade de transformar a história daquela majestosa ferrovia
que tanto nos orgulha, em atrativo para atrair turistas para o nosso estado.
O nosso teatro poderia estar
oferecendo à população de Rondônia espetáculos inspirados na história da
construção da ferrovia que é rica em dramas, aventuras, sofrimentos e sonhos. Por outro lado, o
trajeto da estrada de ferro já poderia ter sido transformado em rota turística,
com paradas nas antigas estações. Com isso estaríamos gerando empregos, renda e
impostos.
Apesar de alguns freios de mão como a monocultura instalada o desnvolvimento tarda mas nunca falta.
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