quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

La vem o trem de novo...


Rondônia vai ter uma nova estrada de ferro. Assim como a primeira que foi construída para o transporte da borracha, esta será construída para o transporte da soja e outros grãos de Mato Grosso e Rondônia para a China. Porém, essa nova ferrovia correrá em direção aos portos do oceano pacifico.

A razão disso é que o eixo da economia mundial mudou. Nos idos de 1900, quando a EFMM foi construída, o grande centro econômico mundial era Londres e hoje quem está dando as cartas é a China. E é a China que compra a soja do Brasil. Portanto, é a China que determina para onde deve correr o trem.

E, por uma condição geográfica o acesso ao continente asiático via Peru é bem mais vantajoso para os transportadores e Rondônia está nesse corredor. Nossa capital tem ligação direta com os Portos peruanos de Ilo e Matarani via acesso rodoviário numa distância bem curta. Assim, nos próximos anos os chineses se propõem a construir uma estrada de ferro para viabilizar o transporte da soja e outros grãos que eles compram do Brasil.

Além da produção de soja do Estado do Mato Grosso, Rondônia já registra uma produção expressiva e nos próximos anos também estarão sendo produzidas muitas toneladas nos campos bolivianos do departamento do Beni e Pando para os próximos anos.
Quanto a nossa velha EFFM, já cumpriu seu papel transportando a borracha da Bolívia e região do Guaporé, em direção ao porto do rio Madeira que seguia para Itacoatiara e Belém. Hoje, o máximo que podemos utilizar dela é a sua história que está imortalizada nos barracões e na memória dos remanescentes trabalhadores que deram seu suor pela sua construção.

Porém, nossos gestores públicos, numa demonstração de síndrome de miopia econômica infelizmente estão perdendo a oportunidade de transformar a história daquela majestosa ferrovia que tanto nos orgulha, em atrativo para atrair turistas para o nosso estado.
O nosso teatro poderia estar oferecendo à população de Rondônia espetáculos inspirados na história da construção da ferrovia que é rica em dramas, aventuras,  sofrimentos e sonhos. Por outro lado, o trajeto da estrada de ferro já poderia ter sido transformado em rota turística, com paradas nas antigas estações. Com isso estaríamos gerando empregos, renda e impostos.



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