quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

A gestão da rodoviária e a síndrome da miopia econômica


Quem é responsável pela gestão das rodoviárias...e dos ginásios de esportes, e dos museus, e dos estádios, e dos centros de convenções, e dos portos e dos monumentos históricos...

A imprensa de Porto Velho volta e meia traz à tona a questão da gestão da rodoviária local. Logo aparecem defensores do Governo do Estado, do DER, da Prefeitura, da Diocese, dos Taxistas e até da Associação dos Ambulantes. E tem por ultimo, os que defendem a milagrosa gestão compartilhada.
Mas ninguém lembra-se de que a rodoviária, o aeroporto, o porto fluvial são portões de entrada da cidade. São os locais onde o visitante bota o pé assim que chega em uma cidade. E esse mesmo viajante quando bota o pé no barranco do porto ou na rodoviária de uma cidade, ele mesmo responde de quem é a gestão desses equipamentos. Automaticamente ele diz: o Prefeito dessa cidade é relaxado, pois o porto não tem nenhuma condição de atracação, as rampas de desembarques estão em péssimas condições, etc.
Ou ele diz: Essa cidade tem um bom prefeito, pois o porto e a rodoviária são bem aconchegantes, as instalações são bem cuidadas, o paisagismo é agradável. Quer dizer: para quem vem de fora não resta dúvida de que a gestão de rodoviárias e portos é dos prefeitos. Só em Porto Velho que se tem dúvida. Perguntemos então para o nosso visitante.
Ora senhores, rodoviárias, portos, aeroportos são infraestruturas de recepção de turismo e não monumentos. E as infraestruturas de turismo nas cidades são de responsabilidade das administrações municipais e são fontes geradoras de receitas.
A manutenção desses equipamentos é gerada por eles mesmos pois são equipamentos arrecadadores. Rodoviária é ponto de venda de produtos e imagens. A rodoviária vende a imagem da cidade para o visitante, mas também vende-lhe produtos e serviços e cobra-lhe taxas. Quanto a gestão, a estratégia de terceirização tem sido muito positiva.
No entanto, há que se estimular os eventos para potencializar o fluxo de passageiros nas nossas rodoviárias e portos. Não é difícil de entender que com os teatros, os museus, os centros de convenções e os eventos, as rodoviárias e os portos também ficam cheios de passageiros que trazem mais dinheiro de fora que aquece o comercio local gerando impostos para a manutenção desses equipamentos.
Portanto, senhores, essa história de gestão compartilhada de rodoviária, é desculpa de gestores despreparados, pois esses equipamentos são perfeitamente rentáveis através da cobrança de aluguéis, de taxas e impostos.

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