AMAZONIA:
Curiosidades
Professor
Chags - Porto Velho, 28 de agosto de 2019
Tá-nã-nã, o gafanhoto musico do rio Nhamundá
O Rio Nhamundá, afluente da margem esquerda do rio
Amazonas, tem sido navegado por muitos pesquisadores que tem dado destaques às
suas belezas naturais, bem como quanto as suas riquezas e curiosidades. Uma
dessas curiosidades trata-se da presença de um gafanhoto que com antenas na
cabeça emite sons de orquestra.
É destacado também pela variedade da flora, rica em
madeiras para todas as utilidades, inclusive para extração de essências, como
pela pureza de suas águas límpidas e de bom paladar.
Uma das curiosidades relatadas é o sistema fluvial,
que se assemelha a uma enorme espinha de peixe, com seus afluentes colocados em
posição quase simétrica. O detalhe que tem chamado à atenção dos navegantes é
que não se registra nomes de indígenas para esses rios, nem para os povoados
que existem ao longo do seu curso, o que deixa dúvida se foi habitado por
silvícolas.
Os nomes de alguns lugares como de cursos d`agua,
indicam ao contrário, formações ou depósitos minerais, como CAIEIRAS, que é um
igarapé com grandes depósitos de calcário naturais, talvez o empregado na
fabricação do cimento.
Também à margem do rio o igarapé ÁGUA FEDE – igarapé que
não é navegado porque suas águas não se prestam para beber. Além do mau cheiro
que exalam são de sabor desagradável. Talvez exista ali alguma jazida de
enxofre ou cobre. Vestigios de ouro e satélites de diamantes têm sido
encontrados em diversos pontos ou lugares, dão noticias os moradores da margem
do Nhamundá, indicando a presença de um certo minério de cor preta, pesado e em
forma de areia.
Mas a curiosidade que mais se destaca para quem
viaja pelas águas do Nhamundá é a presença de um gafanhoto que emite um som tão
estridente que se assemelha ao som de uma banda de rock. Por emitiram esse som
em grandes grupos, o viajante ouve de longe e se encanta. O bichinho é um
gafanhoto de cor verde, semelhante a uma “ESPERANÇA”.
De antenas na cabeça os
TÁNÃNÃS roçam umas nas outras, produzindo o estridente som, que alcança grandes
distâncias, não somente pela sua agudeza, também pelo eco da floresta mas
principalmente pela quantidade de gafanhotos envolvidos na orquestração.
Mas essa demonstração de grande habilidade musical
tem uma razão de ser: atrair as fêmeas para colóquios amorosos. Estas não
nascem com a habilidade de instrumentistas e são atraídas para o namoro através
do som que somente os machos podem tocar...
Durante o concerto elas ficam a uma certa distancia
da orquestra, devidamente comportadas, aguardando apenas o termino da
apresentação para se juntarem aos machos para namorarem.
Outra curiosidade que relatam os moradores da
região de ocorrência desse gafanhoto é que ninguém pode prendê-los, pois ao
tentar captura-los as embarcações são alagadas e vão para o fundo do rio. Dizem
por isso, que todos os humanos que tentaram agarrá-los tiveram esse infortúnio.
Por isso, os nativos o classificam também como gafanhoto feiticeiro.
Conteúdos complementares:
Gafanhoto Tananá
Thliboscelus
hypericifolius também conhecido como Tananá,
é uma espécie de inseto da ordem Orthoptera e que pertence a família Tettigoniidae, família esta que compreende
vários insetos conhecidos como grilos ou "esperanças". Os
poucos exemplares coletados dessa espécie foram encontrados por entomológos nas florestas tropicais da América do Sul, especificamente no
território abrangido pela Floresta Amazônica do Brasil.
Os indivíduos machos do Tananá, assim como muitos outros ortópteros, são capazes de
produzir sons e se utilizam dessa técnica para atrair as fêmeas para o acasalamento. No entanto, o Tananá destaca-se entre todos os
insetos por sua capacidade sonora extremamente potente, conforme relatado por
pesquisadores, forte o suficiente para ser ouvida há milhas de distância. Identifica-se no "cantar" dessa espécie a
repetição de um som que assemelha-se às sílabas "ta-na-ná", o que originou o
nome popular "Tananá" para este inseto.
A espécie tem sido considerada
rara desde os registros mais antigos a seu respeito, inclusive já no século XIX. Por esse motivo, os dados a respeito
da biologia deste inseto, bem como o estado de sua
preservação são escassos. Thliboscelus hypericifolius é o
único representante do gênero Thliboscelus.[14][15] Nenhuma subespécie é listada no Catálogo da Vida.
Localização
geográfica
A maior parte dos registros
dessa espécie são de coletas realizadas no Brasil, dentro da área da Floresta Amazônica. No
entanto, é possível que sua ocorrência possa se estender aos países vizinhos que compartilham também de grande parte dessa região
florestal, tais como Peru, Colômbia e Venezuela.
No século XIX, um exemplar da espécie foi registrado na
cidade brasileira de Óbidos, no estado do Pará. Essa região, que faz parte da amazônia, é considerada de clima equatorial quente e úmido e fica localizada há cerca de 46 metros acima do nível do mar.
Descrição
O Tananá é tido já desde
o século XIX como
sendo uma espécie muito rara, de modo que os insetos coletados por exploradores na Amazônia e que estão disponíveis nas coleções entomológicas de museus ao redor do mundo se restringem há pouquíssimos exemplares. Apesar
do avanço da tecnologia nas
últimas décadas, ainda não existem gravações de áudio (ao menos, disponíveis publicamente) do poderoso som gerado pelos
machos deste inseto. Da mesma forma, carecem fotografias de um exemplar vivo na natureza.
A raridade desse inseto e os
poucos estudos publicados a seu respeito colocam seu estado de preservação em
uma zona completamente desconhecida pela Entomologia. Dessa forma, não há parâmetros disponíveis que
indiquem se a espécie corre risco de extinção ou mesmo estimativas sobre sua taxa
populacional.
O rio Nhamundá é
um curso
de água que banha os estados de Roraima, Amazonas e Pará. É um dos
afluentes do rio
Trombetas e a principal via de navegação entre as cidades de Terra Santa, Faro e Juruti, no Pará
e Nhamundá, no
Amazonas.
Fonte: outras histórias do Amazonas - Antonio
Cantanhede
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