CRONICA DO RECONHECIMENTO
Professor Chagas - PVH - 280819
A mulher é uma benção na vida do homem
Quando Deus criou a mulher ele estava sensibilizado
com a solidão do homem – Adão – e a criou para fazer-lhe companhia, dar-lhe
carinho, atenção, amor, companheirismo e razão de viver. Depois Deus deu a essa
mulher a condição de gerar a vida do próprio homem. Essa missão ele deu à
mulher e não ao homem. Por aí se vê o grande apreço que o criador tem pelas
mulheres. Deu a estas o poder de gerar um ser no seu ventre, tomar conta dele
nos primeiros tempos de vida, de acompanha-lo na sua vida tenra e aconselhá-lo
por toda a sua vida. Essa missão ele não deu ao homem, e sim a ele, a mulher.
No entanto, o homem tem sido injusto com a mulher.
Tem sido mal agradecido às suas mães, mal educado com suas esposas, mal
comportado com suas tias e irmãs, mal lembrado de suas avós e por aí vai.
Nos últimos tempos, esse homem que até parece que
nasceu de chocadeira, tem partido para a violência bruta, com suas irmãs, com
suas mães, com suas tias, e principalmente com suas esposas.
Por outro lado, essa guerreira enfrenta outros
tipos de violência, refletidos através de discriminações da sociedade em seus
diversos setores: só recentemente, conquistou o direito de votar e ser votada,
porém sua participação na política ainda é muito tímida. Só recentemente
conquistou o direito de entrar nas fileiras das forças armadas.
Apesar dessas vitórias, ainda é vitima de enormes
preconceitos e discriminações e continua cuidando dos filhos, sendo nos bancos
das escolas, nas clínicas de pediatria, nos consultórios dentários, nos
hospitais como enfermeira, etc.
Aliás, a primeira incursão da mulher fora de casa
deu-se na escola, com uma função nobrelíssima, a ade professora e mestra.
Em 1678 foi instalado o primeiro convento no nosso
país. Foi na localidade de Refúgio das Celas ou Santa Clara do Desterro, na
Bahia. Foi o primeiro e único refugio para mulheres que queriam aprender a ler
e a escrever e, talvez tenha acontecido ali o inicio do revolucionário momento
da mulher no Brasil pelo seu próprio espaço.
No ano de 1874, reabriu-se o curso normal, aceitando
mulheres entre seus alunos para solucionar o problema da escassez de docentes
para crianças.
Em 1889 foi criada a Escola Normal de São Paulo,
cujo primeiro diretor e responsável pela construção do prédio foi o médico
Caetano de Campos. Em 1890, a escola contava com 58 alunos, sendo 32 mulheres e
26 homens.
No inicio do século passado, o mercado já tinha as
suas mulheres de “holerite”: as professoras normalistas. Vestiam-se com saias
pregueadas de tecido tergal, meias longas, camisa branca, tiara no cabelo...
Uma canção imortalizada na voz de Nelson Gonçalves,
composta por Benedito Lacerda e David Nasseer, já as enaltecia: “Normalista
- vestida de azul e branco – trazendo um
sorriso franco – num rostinho encantador – minha linda normalista – rapidamente
conquista, meu coração sem amor”.
Hoje, o sexo feminino domina o mercado de consumo
mundial. No Brasil, já atinge 40% da força de trabalho e 24% dos cargos em
áreas gerenciais.
A vantagem competitiva das mulheres, de acordo com
pesquisas mundiais, certamente está no fato de elas possuírem mais massa
cinzenta no cérebro do que o homem.
A maior prova disso é que a amulher, além de
conseguir fazer uma ou mais coisas ao mesmo tempo, enquanto o homem só faz uma
de cada vez, são criativas e não desistem. Preocupam-se ainda com a importância
do relacionamento, trabalho em equipe, cooperação em lugar de competição.
Em apenas uma década, houve um aumento de 300% na
participação feminina em áreas gerenciais, medicina, direito e arquitetura.
Elas, usando ou não gravatas durante o jogo
trabalho, acabam fazendo muitos gols, e com sapatos de salto alto...
Estima-se que aproximadamente 20 milhões de
mulheres recém chegaram à população economicamente ativas nas últimas duas
décadas.
Mas... os homens, incomodados e muito preocupados
com essa perda de espaço contra-atacam...
Nas 500 maiores empresas do Brasil, existem poucas
mulheres exercendo os cargos máximos de presidentes.
Por quê. Basta informar a um homem que ele será
substituído ou chefiado por uma mulher e terá a resposta...Parece que o caminho
cor de rosa ainda tem uma sombra negra a vencer.
Mas essa nuvem não vai pairar sobre elas por muito
tempo, pois, apesar dos estereótipos e preconceitos, as mulheres acabam
desenvolvendo um estilo próprio, que se traduz em segurança em lidar com
adversidades, inclusive porque ainda têm de ser dublês de mães e esposas no
“segunto expediente”.
Enquanto muitos homens relutam em aceitar missões
ditas impossíveis, elas, com seu jeitinho doce, acabam aceitando e, surpreendentemente,
finalizam-nas com louvor.
Os homens que ainda não encararam a nova realidade
saem-se com seguinte afirmação: “ segurar touro na unha é coisa de homem”.
Era... A toureira Cristina Sanchez, da Espanha, que o diga, pois foi consagrada
a melhor toureira do mundo. Entretanto, teve que deixar sua promissora carreira
por uma única razão: quando entrava na arena, os homens se retiravam.
Os homens acabam se esquecendo de que a
superioridade da mulher vem de longe... As santas possuem muito mais devotos do
que os santos, talvez até por realizarem mais milagres.
E, analisando friamente, se realmente a mulher
sempre foi capaz de realizar alguns milagres a mais do que os homens ainda em
vida, um deles é o de gerar vidas, imaginem então, canonizadas.
Enfim, se você é mulher, conquiste seu espaço! Se
você é homem, conquiste o seu em parceria com a sua parceira, ajudando-a a
também conquistar o seu!
Lembre-se: a mulher não é nossa concorrente, e sim
nossa principal parceira, companheira, ajudadora, e mais que isso, a mulher é
nossa mãe.
Conteudos
Complementares:
Mulheres
que se destacaram na vida do nosso país.
Maria
Firmina do Reis (1822-1917) - escritora e professora. Nascida no Maranhão, Maria Firmina dos Reis pode ser considerada uma
pioneira em vários campos.
Foi a primeira mulher a passar
para o concurso público como professora, a fundar uma escola mista e a escrever
um romance "Úrsula" .
Este livro anteciparia o gênero de literatura abolicionista que seria moda
com "Escrava Isaura",
de Bernado Guimarães (1825-1884). Publicaria em 1871 um conto com a mesma
temática "A Escrava" e
reuniria seus poemas na coletânea "Cantos
à beira-mar".
Maria Firmina foi completamente
esquecida e silenciada da História do Brasil, mas pesquisas recentes tem
trazido luz sobre sua obra e vida.
Tereza de Benguela, uma
rainha que desafiou a escravidão.
No Quilombo de Quariterê, Tereza comandou a
maior comunidade de resistência da capitania do Mato Grosso no século XVIII.
No interior do Brasil do século XVIII, surgiu
um símbolo da luta das mulheres negras: Tereza de Benguela, a “Rainha Tereza”. Líder
do Quilombo do Quariterê, Tereza desafiou a Coroa e o sistema escravocrata
português por mais de 20 anos, comandando a maior comunidade de libertação de
negros e indígenas da capitania de Mato Grosso.
No Vale
do Guaporé, a Rainha Tereza coordenava a estrutura administrativa, econômica e
política da comunidade, garantindo a segurança e a sobrevivência de mais de 100
pessoas, entre negros e indígenas.
Com a ofensiva final da Coroa para acabar com o Quilombo,
relatos dizem que Tereza foi assassinada pelo Exército e outros apontam que ela
preferiu se suicidar do que se submeter ao domínio dos brancos.
Em 2014, o 25 de julho foi instituído no Brasil como o
Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. No projeto de criação
deste dia, Tereza é afirmada como um exemplo que “serve de espelho para as
mulheres negras que continuam a lutar contra um contexto adverso e
discriminatório”.
“Rainha Tereza”, como ficou
conhecida em seu tempo, viveu na década de XVIII no Vale do Guaporé, no Mato
Grosso. Ela liderou o Quilombo de Quariterê após a morte de seu companheiro,
José Piolho, morto por soldados. Segundo documentos da época, o lugar abrigava
mais de 100 pessoas, com aproximadamente 79 negros e 30 índios. O quilombo
resistiu da década de 1730 ao final do século. Tereza foi morta após ser
capturada por soldados em 1770 – alguns dizem que a causa foi suicídio; outros,
execução.
Sua liderança se destacou com a
criação de uma espécie de Parlamento e de um sistema de Defesa. Ali, era
cultivado o algodão, que servia posteriormente para a produção de
tecidos. Havia também plantações de milho, feijão, mandioca, banana, entre
outros.
Outra mulher que merece ser elembrada é a negra Aqualtune,
princesa e comandante militar. Nascida no Reino do Congo, Aqualtune era uma princesa que ocupou um importante
papel na sua terra natal. Comandou um exército de 10 mil homens contra o Reino
de Portugal defendendo seu território.
Derrotada, foi vendida como
escrava e trazida para Alagoas. No engenho onde estava como escrava ficou
sabendo da existência do Quilombo dos Palmares e fugiu para o local levando consigo vários companheiros.
Ali teria três filhos que se
destacariam na luta contra a escravidão: Ganga Zumba e Gana, líderes no Quilombo
dos Palmares; e Sabina, a mãe de Zumbi.
A causa da sua morte é incerta,
mas seus feitos ajudaram a consolidar o Quilombo dos Palmares como refúgio dos
escravos na colônia.
Rainha Dandara (1694) - esposa de Zumbi dos Palmares, que participou da resistência contra o governo português lutando ao lado das
tropas que defendiam o Quilombo dos Palmares. Para não ser pega pelos soldados
coloniais, Dandara preferiu suicidar-se, atirando-se num precipício.
Nenhum comentário:
Postar um comentário