terça-feira, 27 de agosto de 2019


CRONICA DO RECONHECIMENTO

Professor Chagas - PVH - 280819

A mulher é uma benção na vida do homem
Quando Deus criou a mulher ele estava sensibilizado com a solidão do homem – Adão – e a criou para fazer-lhe companhia, dar-lhe carinho, atenção, amor, companheirismo e razão de viver. Depois Deus deu a essa mulher a condição de gerar a vida do próprio homem. Essa missão ele deu à mulher e não ao homem. Por aí se vê o grande apreço que o criador tem pelas mulheres. Deu a estas o poder de gerar um ser no seu ventre, tomar conta dele nos primeiros tempos de vida, de acompanha-lo na sua vida tenra e aconselhá-lo por toda a sua vida. Essa missão ele não deu ao homem, e sim a ele, a mulher.
No entanto, o homem tem sido injusto com a mulher. Tem sido mal agradecido às suas mães, mal educado com suas esposas, mal comportado com suas tias e irmãs, mal lembrado de suas avós e por aí vai.
Nos últimos tempos, esse homem que até parece que nasceu de chocadeira, tem partido para a violência bruta, com suas irmãs, com suas mães, com suas tias, e principalmente com suas esposas.
Por outro lado, essa guerreira enfrenta outros tipos de violência, refletidos através de discriminações da sociedade em seus diversos setores: só recentemente, conquistou o direito de votar e ser votada, porém sua participação na política ainda é muito tímida. Só recentemente conquistou o direito de entrar nas fileiras das forças armadas.
Apesar dessas vitórias, ainda é vitima de enormes preconceitos e discriminações e continua cuidando dos filhos, sendo nos bancos das escolas, nas clínicas de pediatria, nos consultórios dentários, nos hospitais como enfermeira, etc.
Aliás, a primeira incursão da mulher fora de casa deu-se na escola, com uma função nobrelíssima, a ade professora e mestra.
Em 1678 foi instalado o primeiro convento no nosso país. Foi na localidade de Refúgio das Celas ou Santa Clara do Desterro, na Bahia. Foi o primeiro e único refugio para mulheres que queriam aprender a ler e a escrever e, talvez tenha acontecido ali o inicio do revolucionário momento da mulher no Brasil pelo seu próprio espaço.
No ano de 1874, reabriu-se o curso normal, aceitando mulheres entre seus alunos para solucionar o problema da escassez de docentes para crianças.
Em 1889 foi criada a Escola Normal de São Paulo, cujo primeiro diretor e responsável pela construção do prédio foi o médico Caetano de Campos. Em 1890, a escola contava com 58 alunos, sendo 32 mulheres e 26 homens.
No inicio do século passado, o mercado já tinha as suas mulheres de “holerite”: as professoras normalistas. Vestiam-se com saias pregueadas de tecido tergal, meias longas, camisa branca, tiara no cabelo...
Uma canção imortalizada na voz de Nelson Gonçalves, composta por Benedito Lacerda e David Nasseer, já as enaltecia: “Normalista -  vestida de azul e branco – trazendo um sorriso franco – num rostinho encantador – minha linda normalista – rapidamente conquista, meu coração sem amor”.
Hoje, o sexo feminino domina o mercado de consumo mundial. No Brasil, já atinge 40% da força de trabalho e 24% dos cargos em áreas gerenciais.
A vantagem competitiva das mulheres, de acordo com pesquisas mundiais, certamente está no fato de elas possuírem mais massa cinzenta no cérebro do que o homem.
A maior prova disso é que a amulher, além de conseguir fazer uma ou mais coisas ao mesmo tempo, enquanto o homem só faz uma de cada vez, são criativas e não desistem. Preocupam-se ainda com a importância do relacionamento, trabalho em equipe, cooperação em lugar de competição.
Em apenas uma década, houve um aumento de 300% na participação feminina em áreas gerenciais, medicina, direito e arquitetura.
Elas, usando ou não gravatas durante o jogo trabalho, acabam fazendo muitos gols, e com sapatos de salto alto...
Estima-se que aproximadamente 20 milhões de mulheres recém chegaram à população economicamente ativas nas últimas duas décadas.
Mas... os homens, incomodados e muito preocupados com essa perda de espaço contra-atacam...
Nas 500 maiores empresas do Brasil, existem poucas mulheres exercendo os cargos máximos de presidentes.
Por quê. Basta informar a um homem que ele será substituído ou chefiado por uma mulher e terá a resposta...Parece que o caminho cor de rosa ainda tem uma sombra negra a vencer.
Mas essa nuvem não vai pairar sobre elas por muito tempo, pois, apesar dos estereótipos e preconceitos, as mulheres acabam desenvolvendo um estilo próprio, que se traduz em segurança em lidar com adversidades, inclusive porque ainda têm de ser dublês de mães e esposas no “segunto expediente”.
Enquanto muitos homens relutam em aceitar missões ditas impossíveis, elas, com seu jeitinho doce, acabam aceitando e, surpreendentemente, finalizam-nas com louvor.
Os homens que ainda não encararam a nova realidade saem-se com seguinte afirmação: “ segurar touro na unha é coisa de homem”. Era... A toureira Cristina Sanchez, da Espanha, que o diga, pois foi consagrada a melhor toureira do mundo. Entretanto, teve que deixar sua promissora carreira por uma única razão: quando entrava na arena, os homens se retiravam.
Os homens acabam se esquecendo de que a superioridade da mulher vem de longe... As santas possuem muito mais devotos do que os santos, talvez até por realizarem mais milagres.
E, analisando friamente, se realmente a mulher sempre foi capaz de realizar alguns milagres a mais do que os homens ainda em vida, um deles é o de gerar vidas, imaginem então, canonizadas.
Enfim, se você é mulher, conquiste seu espaço! Se você é homem, conquiste o seu em parceria com a sua parceira, ajudando-a a também conquistar o seu!
Lembre-se: a mulher não é nossa concorrente, e sim nossa principal parceira, companheira, ajudadora, e mais que isso, a mulher é nossa mãe.

Conteudos Complementares:

Mulheres que se destacaram na vida do nosso país.

Maria Firmina do Reis (1822-1917) - escritora e professora. Nascida no Maranhão, Maria Firmina dos Reis pode ser considerada uma pioneira em vários campos.
Foi a primeira mulher a passar para o concurso público como professora, a fundar uma escola mista e a escrever um romance "Úrsula" . Este livro anteciparia o gênero de literatura abolicionista que seria moda com "Escrava Isaura", de Bernado Guimarães (1825-1884). Publicaria em 1871 um conto com a mesma temática "A Escrava" e reuniria seus poemas na coletânea "Cantos à beira-mar".
Maria Firmina foi completamente esquecida e silenciada da História do Brasil, mas pesquisas recentes tem trazido luz sobre sua obra e vida.

Tereza de Benguela, uma rainha que desafiou a escravidão.

No Quilombo de Quariterê, Tereza comandou a maior comunidade de resistência da capitania do Mato Grosso no século XVIII.

No interior do Brasil do século XVIII, surgiu um símbolo da luta das mulheres negras: Tereza de Benguela, a “Rainha Tereza”. Líder do Quilombo do Quariterê, Tereza desafiou a Coroa e o sistema escravocrata português por mais de 20 anos, comandando a maior comunidade de libertação de negros e indígenas da capitania de Mato Grosso.
No Vale do Guaporé, a Rainha Tereza coordenava a estrutura administrativa, econômica e política da comunidade, garantindo a segurança e a sobrevivência de mais de 100 pessoas, entre negros e indígenas.
Com a ofensiva final da Coroa para acabar com o Quilombo, relatos dizem que Tereza foi assassinada pelo Exército e outros apontam que ela preferiu se suicidar do que se submeter ao domínio dos brancos.
Em 2014, o 25 de julho foi instituído no Brasil como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. No projeto de criação deste dia, Tereza é afirmada como um exemplo que “serve de espelho para as mulheres negras que continuam a lutar contra um contexto adverso e discriminatório”.

“Rainha Tereza”, como ficou conhecida em seu tempo, viveu na década de XVIII no Vale do Guaporé, no Mato Grosso. Ela liderou o Quilombo de Quariterê após a morte de seu companheiro, José Piolho, morto por soldados. Segundo documentos da época, o lugar abrigava mais de 100 pessoas, com aproximadamente 79 negros e 30 índios. O quilombo resistiu da década de 1730 ao final do século. Tereza foi morta após ser capturada por soldados em 1770 – alguns dizem que a causa foi suicídio; outros, execução.
Sua liderança se destacou com a criação de uma espécie de Parlamento e de um sistema de Defesa. Ali, era cultivado o algodão, que servia posteriormente para a produção de tecidos. Havia também plantações de milho, feijão, mandioca, banana, entre outros.

Outra mulher que merece ser elembrada é a negra Aqualtune, princesa e comandante militar. Nascida no Reino do Congo, Aqualtune  era uma princesa que ocupou um importante papel na sua terra natal. Comandou um exército de 10 mil homens contra o Reino de Portugal defendendo seu território.
Derrotada, foi vendida como escrava e trazida para Alagoas. No engenho onde estava como escrava ficou sabendo da existência do Quilombo dos Palmares e fugiu para o local levando consigo vários companheiros.

Ali teria três filhos que se destacariam na luta contra a escravidão: Ganga Zumba e Gana, líderes no Quilombo dos Palmares; e Sabina, a mãe de Zumbi.
A causa da sua morte é incerta, mas seus feitos ajudaram a consolidar o Quilombo dos Palmares como refúgio dos escravos na colônia.

Rainha Dandara (1694) - esposa de Zumbi dos Palmares, que participou da resistência contra o governo português lutando ao lado das tropas que defendiam o Quilombo dos Palmares. Para não ser pega pelos soldados coloniais, Dandara preferiu suicidar-se, atirando-se num precipício.



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